Seminário discute patentes e propriedade intelectual
A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Piauí (Fapepi), por meio do Programa de Auxílio para Organização de Reunião Científica – Edital 005/2013, apoiou o V Seminário de Propriedade Intelectual e Empreendedorismo Tecnológico (Semipi), que aconteceu nos dias 18 e 19 de novembro, na Universidade Federal do Piauí (UFPI).
O evento foi organizado pelo Núcleo de Inovação e Transferência de Tecnologia (Nintec-PI) e veio a enaltecer com propriedade o conhecimento da comunidade empresarial e acadêmica sobre a preservação dos direitos inerentes às suas criações.
A finalidade do evento foi contribuir para o processo de difusão científica, e dos diversos procedimentos de inovação tecnológica no Brasil, através do acesso às informações sobre políticas públicas de fomento à pesquisa e à formação de recursos humanos.
O perfil do público do Semipi foi de professores, pesquisadores, alunos de graduação e pós-graduação, inventores, gerentes e gestores de empresas juniores e incubadoras, empresários, profissionais liberais e demais interessados da área de tecnologia e inovação.
O Semipi serve como um estímulo à sociedade e principalmente o meio acadêmico sobre a questão da proteção dos resultados de sua pesquisa e o estímulo e a inovação como propósito principal. “Trouxemos palestrantes para mostrar não só as ferramentas de proteção e comercialização das criações, mas também incentivar o empreendedorismo tecnológico”, relatou Antunes Norberto, técnico em Propriedade Industrial da Nintec.
Esse ano houve uma mudança da grade de apresentações do evento. Agregado ao V Semipi, esteve o V Seminário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (SDTI), que foi a apresentação de resultados dos bolsistas do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (Pibiti), uma maneira de prestação de contas dos projetos financiados e um compartilhamento de informações entre estudante e comunidade acadêmica e empresarial.
Outra adição no V Semipi foi a I Mostra de Tecnologias da UFPI. “Temos 52 tecnologias protegidas pela Universidade Federal do Piauí e é um momento de divulgar essas tecnologias para poder licenciar” comentou a professora Maria Rita de Morais Chaves Santos, coordenadora do Nintec-PI, explicando que a tecnologia não deve ser guardada, mas sim licenciada para gerar emprego e renda.
Um dos palestrantes convidados foi o engenheiro mecânico Alberto Moreira da Rocha e pesquisador de carreira do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi) falou da importância das patentes como forma de proteção de uma tecnologia e o uso do sistema de patentes como fonte de informação tecnológica.
O pesquisador científico também é um inventor, pois em suas pesquisas também se alcança certos tipos de tecnologias. O pesquisador de empresas visa à lucratividade e o pesquisador docente busca aquela tecnologia como um resultado de um trabalho de mestrado ou doutorado e sua preocupação será a publicação. “Antes de publicar suas descobertas tecnológicas, peça proteção por patentes, pois essa descoberta pode virar um produto de mercado visando lucro a terceiros que são alheios a sua pesquisa, dessa maneira você tem o seu trabalho protegido” afirmou o engenheiro.
Texto: Marco Aurélio do Amaral
Imagem: piaui.pi.gov.br
Fonte: Governo do Estado do Piauí