Conferência no Rio de Janeiro reúne especialistas de todo o mundo para debater PI
Reunindo especialistas e tomadores de decisão na área de Propriedade Intelectual de diferentes países, a conferência Patent Statistics for Decision Makers (PSDM) começou nesta terça-feira, 12 de novembro, no Rio de Janeiro. Na mesa de abertura, o presidente do INPI, Jorge Avila, destacou a importância de o evento acontecer pela primeira vez no hemisfério Sul, contribuindo para a compreensão das patentes como fonte de informação e base para o desenvolvimento tecnológico.
Já o diretor do Escritório Europeu de Patentes (EPO, na sigla em inglês), François-Régis Hannart, ressaltou a cooperação entre o INPI e o EPO, o que fez do Brasil um dos primeiros países a usar a base de dados europeia. A parceria, este ano, viabilizou a realização do PSDM no Brasil, ampliando a discussão sobre temas como a gestão das patentes nos principais escritórios de PI do mundo, a mobilidade do capital humano, e a geografia da inovação e mudanças tecnológicas.
O PSDM traz para o Brasil a oportunidade de analisar os impactos da PI a partir de estatísticas internacionais. Andrew Wyckoff, diretor de Ciência, Tecnologia e Indústria da Organização para o Desenvolvimento Econômico (OCDE), mencionou que o órgão desenvolve um conjunto de dados sobre patentes e marcas que visam a orientar políticas públicas de PI.
Parte deles está disponibilizada no evento pela publicação bianual Scoreboard de Ciência, Tecnologia e Indústria 2013 da OCDE, um mapa das principais tendências em conhecimento e inovação na economia global.
Ainda na abertura, José Graça Aranha, diretor do escritório brasileiro da Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI), complementou que o relatório final do evento será fornecido para os agentes que trabalham com a agenda de desenvolvimento da OMPI.
Estratégias de PI
A primeira sessão do PSDM abordou o tema “Estratégias de PI”. Sadao Nagaoka, pesquisador da Universidade de Hitotsubashi, do Japão, apresentou um estudo segundo o qual a complementaridade de patentes (mais de uma patente para proteger uma mesma tecnologia ou patentes associadas a outras formas de proteção) pode ser um fator de competitividade, quando uma mesma empresa detém a propriedade dos ativos.
Grid Thomas, da Universidade de Camerino, da Itália, mostrou um estudo comparando títulos de patentes e os nomes das marcas que as levam ao mercado, a partir de pesquisa com palavras-chaves. E a pesquisadora Graziela Ferrero Zucoloto, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), abordou estudo sobre apropriação da tecnologia e desempenho das exportações na indústria brasileira. Segundo ela, a patente de invenção pode aumentar em até 80% de chances de exportação por uma empresa.
Publicado em 12/11/2013:
Fonte: INPI