INPI concede Denominação de Origem para café do Cerrado Mineiro

INPI concede Denominação de Origem para produtores de café do Cerrado Mineiro

INPI concede Denominação de Origem para Café do Cerrado Mineiro
Imagem: INPI / Reprodução

A concessão do registro pelo INPI, publicada na Revista da Propriedade Industrial de 31 de dezembro, evidencia o alto padrão alcançado pela cafeicultura nacional. O registro de Denominação de Origem (DO) reconhece as qualidades e características distintas do produto, resultado da influência do meio geográfico, incluindo fatores naturais e humanos. A região do Cerrado Mineiro abrange uma área de 147.000 hectares com aproximadamente 3.500 produtores. São 55 os municípios localizados no Alto Paranaíba, Triângulo Mineiro e Noroeste de Minas que apresentam padrão climático uniforme, possibilitando a produção de cafés de reconhecida qualidade.

Para a produção de café, são recomendadas áreas com altitude variando entre 800 e 1.300 metros, podendo ser dotadas de irrigação em função do regime de chuvas. E as variedades utilizadas, de acordo com o regulamento de uso da DO, são obrigatoriamente da espécie Coffea arabica.

A perfeita definição das estações climáticas, com verão quente e úmido, e inverno ameno e seco, constitui-se no grande trunfo da região do Cerrado Mineiro. Essa condição climática ocorre pelo fato da região estar em área continental, o que possibilita padrão de chuvas diferentes do que ocorre nas outras regiões produtoras de café no Brasil, que sofrem influência direta das massas oceânicas.

A história do reconhecimento da região como DO começa em 1990, quando cerca de 36 produtores associaram-se e, em 1992, foi criado o Conselho das Associações dos Cafeicultores do Cerrado (CACCER), o que mais tarde viria a se transformar na Federação dos Cafeicultores do Cerrado, com o intuito de fortalecer os cafeicultores da Região do Cerrado Mineiro.

Em 1997, uma equipe de especialistas foi contratada para determinar as características e o processo de produção do café da Região do Cerrado Mineiro. Foram especificadas as variedades do produto, as formas de produção, o manejo e a tecnologia agronômica a ser utilizada. No ano de 2005, a região foi reconhecida como Indicação de Procedência (IP), sendo então o segundo registro de Indicação Geográfica brasileira concedido pelo INPI.

Publicado em 01/01/2014.

Fonte: INPI